Segundo pesquisas feita no
site “abril.com.br”, a estilista Zuzu Angel foi uma transgressora. Numa época
em que a moda era importada de Paris, ela foi na contramão ao criar roupas
originais e com toques de brasilidade - modernas até hoje. O talento da
costureira virou profissão na metade dos anos de 1950, quando Zuzu abriu seu
primeiro ateliê. A amizade de uma tia com Sarah Kubitschek, então a
primeira-dama, a ajudou a ganhar clientela.
A ousadia veio aos poucos.
Começou com saias feitas com tecidos de colchão, que primeiro escandalizaram e
depois encantaram as mulheres. O primeiro sopro de Brasil surgiu na metade dos
anos 1960, quando tingiu rendas no mesmo tom de tecidos nobres e aplicou-as em
roupas. Até então, o material era usado em panos de cozinha.
A jornalista Hildegard Angel,
filha da estilista, lembra que "foi um escândalo". E Zuzu não parou
por aí. Fez vestidos com cobre-mesa de renda renascença, com chita e uma noiva
com alças compridas. Estampas e bordados com pássaros, papagaios e outros
motivos tropicais se tornaram a marca registrada da sua moda.
A originalidade e a amizade
com a atriz Joan Crawford levaram Zuzu a fazer o seu primeiro desfile
internacional na loja Bergdorf Goodman, Nova York, em 1970. Lá, ela apresentou
três coleções: Mulher Rendeira, Maria Bonita, com peças e acessórios inspirados
na companheira de Lampião, e Carmen Miranda, que mostrava uma mulher muito
sensual. Foi um sucesso e várias atrizes, como Liza Minnelli, viraram fã.
Zuzu Angel é a cara dos anos 1970. [Fotografia: Reprodução.]
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