Mestre do Salto Alto, Namie Wihby

Em abril de 2006 (antes de entrar no estilismo), conheci por acaso o instrutor de passarela Namie Wihby (da escola para modelos & manequins Wannabe). O caça-talentos esteve em São José do Rio Preto para ministrar o workshop técnico para modelos, no Riopreto Shopping Center.
Numa conversa rápida, o scouter disse que aos sete anos fez ballet, depois se tornou modelo, e descobriu seu talento como instrutor de passarela. O seu diferencial está no ensinamento do andar de salto alto com charme e na boa postura.

Namie Wihby me passou alguns macetes sobre o andamento de salto alto, como andar com as pernas fechadas e com os pés paralelos e retos, tendo o movimento dos braços proporcional um ao outro, e para melhorar a postura, manter os ombros para trás. [Segundo o instrutor de passarela, para se ter uma boa postura necessita da sua própria aceitação e do costume de deixar sempre os ombros para trás. Tendo postura e o andamento correto, a mulher transmitirá charme, vaidade, e respeito. E consequentemente, atrai olhares de admiração.]

Se não me falha a memória, foram três dias de workshop (18 horas/aula). O mestre das passarelas abordou quatro módulos: Mercado de Trabalho (comentários sobre o funcionamento de agências e de casting; modelo comercial e fashion; mercado nacional e internacional; book e composite), Vídeo (expressão corporal e interpretação para câmera), Avaliação Individual (medidas e indicação para agências; cuidados com pele e cabelo/ dentes e corpo; plástica facial e corporal) e Passarela (andamento e postura; ritmos e correção de salto alto; andamentos e paradas dos mais importantes estilistas do SPFW com vídeo de desfile para observação; e acessórios). [Não fiz o workshop, apenas prestei atenção nas dicas do instrutor e observei o mesmo ministrando a aula. Postarei em breve um curso para modelos que escrevi, que contém algumas dicas que aprendi nesta ocasião.]
Meu conhecimento com relação ao mundo das manequins ficou bastante aperfeiçoado depois dessa conversa. Mas tirei a conclusão de que nesse mundo há muitas pessoas metidas, que se acham por estarem sempre movidas pela mídia (como parte das modelos que são chatas por serem belas). Falta muita humildade para os profissionais da área da passarela, para que eles sejam respeitados por todos (ser bajulada por gente rica e pela mídia é fácil, pergunta para as classes inferiores que são a maioria o que elas acham).
Desfile de moda mostra tendências, conceitos (arte) e segmentos.  Pessoas ali não representam nada. Modelos são cabides, estilistas são criadores, outros profissionais são colaboradores, e por ai vai. As roupas têm que estar em evidência e não os narizes empinados de muitos profissionais que quando morrer irá para debaixo da terra como todos nós. Profissionais dessa área se toquem e coloquem o pé no chão. Sejam humildes ou continuem sendo taxados como idiotas pela sociedade. Fica a observação!