O Desenho de Moda para mim
simboliza tudo. É uma área abençoada e que de certa forma também é considerada
uma arte. Pesquisar, estudar, fazer anotações, rabiscar, imaginar e criar. Tudo
envolvendo a arte de criar (buscar informações para se criar o novo, ou recriar
o antigo).
Sobre os croquis, cada
designer de moda tem o seu jeito e estilo preferencial de desenhar. Nenhum
estilista desenha igual ao outro, todos diferentes (a não ser se o estilista
tiver habilidade de desenhar de várias maneiras, tendo a capacidade de utilizar
técnicas usadas por outros estilistas, por meio da observação do estudo de
croquis). Uns desenham super bem, outros rascunham legal, e a maioria copiam
(criações a de outros estilistas) e/ou não sabem desenhar direito (e partem
para os moldes de croquis). [Eu também não sabia fazer um croqui de moda
(tinha habilidade de desenhar qualquer coisa, menos um desenho de moda), mas
busquei o aperfeiçoamento.]
Não me importo se meus croquis
são bonitos ou feios, desenho porque gosto e sinto-me bem quando vejo que
consegui concluir o esboço. Odeio fazer garranchos ou desenhar só a roupa, o
croqui em minha opinião tem que ser completo! [Não considero falta de
capacidade usar um molde de croqui por debaixo da folha e/ou utilizar a técnica
de um estilista. É vergonhoso copiar a criação de um profissional dessa área.]
Segundo Frederico Morais: “O
desenho rompe com todas as hierarquias, situa-se além de qualquer cronologia,
revela seu próprio tempo e o tempo do artista. O desenho tem uma qualidade a
mais que os outros meios de expressão. Além de “armar o braço” é, ao mesmo
tempo, o mais confessional dos meios plásticos, diário íntimo,
eletrocardiograma, rebeldia travada no meio da noite, solitariamente. Uma
qualidade a mais, dizia, porque o desenho parece escapar à polêmica estéril
entre vanguarda e retaguarda, entre o velho e o novo, navega imperturbável
entre ismo e épocas. De Holbein a Steinberg é sempre atraente e como nunca
parece esgotar suas possibilidades, permanecendo como um eterno croqui, estimulando
muito mais, no espectador, a participação intelectiva e emocional. E permite
todas as virtualidades e virtuosidades, porque um desenho você larga aqui e
recomeça ali, hoje, amanhã, ontem. O desenho é para ser lido, como um poema.” [Vamos
desenhar galera! Desenhar é muito bom.]
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